É doentio a forma como vivemos, como me amas.
Obrigas-me a obedecer-te, a seguir as tuas regras e leis. Nada está bom se não
for feito da forma que queres, nada serve se não quiseres, nada é bom porque o
dia correu-te mal, nada está bem se decides que não estás bem. As tuas mudanças
de opinião enlouquecem-me, a tua forma de agir diferente a frente dos outros
irrita-me, mas tenho medo de ter uma discussão a frente dos nossos amigos e
familiares por isso calo-me e aceito tudo o que dizes, sorrindo, fingindo que
estás brincando, fingindo que está tudo bem quando não está.
Era suposto eu sentir-me segura, feliz e amada a
teu lado e não sinto isso. Sinto pavor, medo e receio a teu lado. Tudo o que
dizes é lei e eu não posso contrariar-te ou começas a humilhar-me, odeio a
forma como tratas-me. Odeio o teu sorriso falso, o olhar frio e o teu corpo que
só usa o meu. O teu amor é sinistro, violento e absoluto, fico arrepiada só de
pensar no que podes fazer se eu dizer-te que quero acabar tudo por isso não
digo nada. Vivo neste pesadelo sem saber quando vais passar para a próxima fase
e começar com a violência.
Tudo o que eu queria era ter uma relação estável,
sincera e especial. Viver uma paixão contigo, alcançar o infinito a teu lado e
ser feliz. Poder ultrapassar os obstáculos e seguir em frente contigo a meu
lado, mas isso não é possível. Só pensas em ti, queres luxo, poder e fama. Não
olhas a meios para teres o que queres e eu aceito tudo o que fazes e dizes só
porque tenho medo das tuas reações doentias que assustam até o próprio diabo.
Não eras assim quando conheci-te. Porque mudas-te? Não eras este homem
prepotente, frio e insensível. O que aconteceu-te?
São as pequenas coisas que fortalecem ou destroem
um amor. No nosso caso a destruição é maior do que podia pensar. Acabas-te com
a minha autoestima e com o meu amor-próprio. Aos poucos destruis-te toda a fé
que eu tinha em ti, todo o amor que eu sentia por ti e mesmo assim não me
deixas ir. O que ainda queres de mim? Porque ainda me prendes a ti? O que
sentes por mim, já não é amor é obsessão e eu não estou a conseguir viver com isso.
Já partiste o meu coração e agora rompes minha alma aos pedaços como se ela
fosse uma folha de papel que não te serve para nada e depois jogas no lixo.
Isto não é o que quero para mim, não é o tipo de
vida que desejo nem é o amor que quero viver. Se não me deixares ir a bem terei
de ir a mal e é isso que eu tento evitar, por muito mal que me faças não desejo
ver-te sofrer pois um dia foste uma parte muito boa da minha vida que guardo
com carinho no meu passado pois o presente eu não o quero guardar. Quero ser
livre para poder amar e ser feliz. Sem ter que chorar, ter medo ou receio.
Deixa-me ir, liberta-me deste amor doentio.
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