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sábado, 26 de abril de 2014

É Doentio!


É doentio a forma como vivemos, como me amas. Obrigas-me a obedecer-te, a seguir as tuas regras e leis. Nada está bom se não for feito da forma que queres, nada serve se não quiseres, nada é bom porque o dia correu-te mal, nada está bem se decides que não estás bem. As tuas mudanças de opinião enlouquecem-me, a tua forma de agir diferente a frente dos outros irrita-me, mas tenho medo de ter uma discussão a frente dos nossos amigos e familiares por isso calo-me e aceito tudo o que dizes, sorrindo, fingindo que estás brincando, fingindo que está tudo bem quando não está.

Era suposto eu sentir-me segura, feliz e amada a teu lado e não sinto isso. Sinto pavor, medo e receio a teu lado. Tudo o que dizes é lei e eu não posso contrariar-te ou começas a humilhar-me, odeio a forma como tratas-me. Odeio o teu sorriso falso, o olhar frio e o teu corpo que só usa o meu. O teu amor é sinistro, violento e absoluto, fico arrepiada só de pensar no que podes fazer se eu dizer-te que quero acabar tudo por isso não digo nada. Vivo neste pesadelo sem saber quando vais passar para a próxima fase e começar com a violência.

Tudo o que eu queria era ter uma relação estável, sincera e especial. Viver uma paixão contigo, alcançar o infinito a teu lado e ser feliz. Poder ultrapassar os obstáculos e seguir em frente contigo a meu lado, mas isso não é possível. Só pensas em ti, queres luxo, poder e fama. Não olhas a meios para teres o que queres e eu aceito tudo o que fazes e dizes só porque tenho medo das tuas reações doentias que assustam até o próprio diabo. Não eras assim quando conheci-te. Porque mudas-te? Não eras este homem prepotente, frio e insensível. O que aconteceu-te?

São as pequenas coisas que fortalecem ou destroem um amor. No nosso caso a destruição é maior do que podia pensar. Acabas-te com a minha autoestima e com o meu amor-próprio. Aos poucos destruis-te toda a fé que eu tinha em ti, todo o amor que eu sentia por ti e mesmo assim não me deixas ir. O que ainda queres de mim? Porque ainda me prendes a ti? O que sentes por mim, já não é amor é obsessão e eu não estou a conseguir viver com isso. Já partiste o meu coração e agora rompes minha alma aos pedaços como se ela fosse uma folha de papel que não te serve para nada e depois jogas no lixo.


Isto não é o que quero para mim, não é o tipo de vida que desejo nem é o amor que quero viver. Se não me deixares ir a bem terei de ir a mal e é isso que eu tento evitar, por muito mal que me faças não desejo ver-te sofrer pois um dia foste uma parte muito boa da minha vida que guardo com carinho no meu passado pois o presente eu não o quero guardar. Quero ser livre para poder amar e ser feliz. Sem ter que chorar, ter medo ou receio. Deixa-me ir, liberta-me deste amor doentio.

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